Dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele que apresenta uma evolução cíclica com períodos de melhora e piora. A causa não é exatamente conhecida, sendo influenciada por múltiplos fatores. Apresenta um caráter familiar e freqüentemente está associada à asma e rinite alérgica.
Não é uma doença contagiosa. Caracteriza-se por lesões inflamadas da pele, avermelhadas, que coçam, descamam e, às vezes, ficam úmidas. Inicia-se no primeiro ano de vida, na maioria dos casos, tem uma evolução crônica e a maioria das crianças apresenta redução ou desaparecimento das lesões antes da adolescência. No bebê, as lesões predominam na face e nas superfícies externas dos braços e pernas.
Nas crianças maiores e nos adultos as lesões acometem principalmente as dobras do corpo, como as dos joelhos, cotovelos e pescoço. Nos casos mais graves, pode acometer grande parte da superfície corporal. Portadores de dermatite atópica apresentam uma incidência maior de infecções bacterianas, fúngicas ou virais da pele. Apesar da melhora gradativa da doença com a progressão da idade, o paciente com dermatite atópica tende a manter, durante toda a sua vida, uma pele ressecada que se irrita facilmente.
A dermatite atópica tende a aparecer ou a piorar quando a pessoa é exposta a certas substâncias ou condições. São fatores desencadeantes: pele seca; poeira; detergentes; calor e transpiração; infecções e estresse emocional.
É importante evitar ou reduzir a exposição aos fatores desencadeantes e tratar as crises agudas. Recomenda-se: uso diário e contínuo de creme hidratante branco e sem perfume; banho morno para frio, com uma duração média de 5 a 10 minutos, sem bucha; sabonete neutro deve ser utilizado o mínimo necessário e em um único banho.
Além de todos os cuidados acima, nem sempre é possível evitar uma crise aguda da dermatite atópica. Nas crises, mantenha os cuidados da pele e procure um dermatologista.